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sábado, 16 de março de 2013
UHF ,histórias para contar
A Minha Geração | Acústico
Olhamos para a discografia dos e há histórias para contar, algo que não coube na iconografia dos códigos Maia, mas…
Há 30 anos atrás, em 1983, os UHF gravavam num clima algo deprimente o mini-LP “Ares e Bares de Fronteira” – por essa altura já sabiam que o futuro era incerto e o apoio profissional da Valentim de Carvalho, de onde saíram em litígio, terminara na defunta Rádio Triunfo. Carlos Paredes também já anunciara que no final do verão iria sair, facto que foi aguardado do público e da comunicação social até ao último dia.
Há 25 anos atrás, em 1988, era editado uma das maravilhas dos UHF, o LP “Noites Negras de Azul”, depois de uma pausa nos discos de quase três anos – é o primeiro registo em auto-produção dos UHF. António Manuel Rolo Duarte, à altura sócio e A&R da editora Edisom, já desaparecido, sabia que uma pérola que lhe caíra nas mãos.
Há 20 anos atrás, em 1993, os UHF registam para a BMG (catálogo hoje adquirido pela Sony) o explosivo duplo LP com o Título “Santa Loucura”, que um escriba deste reino classificaria nas páginas do jornal Blitz como o melhor dos UHF se não fosse … duplo. Mas os cinco assim o quiseram e só por um triz não foi triplo.
Há 15 anos atrás, em 1998, os UHF decidem definitivamente, dez anos depois de NNA, seguir o rumo daindependência, fundam um selo, a AM.RA Discos, e gravam “Rock É! Dançando na Noite”. Há discos que só lámais para a frente serão devidamente avaliados; este é um deles.
Há 10 anos atrás, em 2003, curvando pela emoção e de volta a uma parte da casa de onde haviam saído em 1982, os UHF regressam à EMI para editar o duplo CD “La Pop End Rock”, uma ópera-rock autobiográfica. É o maior fôlego criativo de António Manuel Ribeiro até ao momento, foi gravado em segredo pelo grupo e entregue a uma multinacional para a tarefa da divulgação. É uma obra-prima, talvez mal compreendida, um rasgo fora do tempo que revela um grupo maduro e tecnicamente muito competente.
São estes os ciclos criativos que agora se cruzam no ano de 2013, uma história de mistérios por revelar: o que há para além do que se vê e de que forma participam nas nossas vidas.
A digressão do ano que está à beira de cruzar a fronteira do calendário gregoriano chamar-se-á “UHF 2013 – A Minha Geração”. “A Minha Geração” é o título escolhido para o novo disco de originais que será editado no final de Março. A canção título foi estreada no concerto de 30 de Junho em Almada; fechou alguns dos concertos acústicos da digressão “Ao Norte”, incendiando o público.
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